“O teu silêncio é uma nau com todas as velas pandas...”
Fernando Pessoa
Vejo tão claro este silêncio
vaga nuvem de incerteza
na busca de um sentir imenso
se revela obscuro, sem beleza
Como areia da praia
que sempre muda sua rotina
minha existência também me vaia
umedece-me a retina
Entoa o canto agudo
o vento da madrugada
no entanto, me vejo mudo
na alma vazia... Nada!
Meus olhos miram horizontes
nessa situação desesperada
e a esperança jorra por uma fonte
que se perde na beira da estrada
Sobre ópios de ilusão
é minha ânfora que se parte
e me vem esta questão...
esperança, de quê me vale a arte!
Quão breve é a vida
e o que queres de mim?
Apenas vejo a estrada percorrida
e não há rosas no meu jardim...
As vagas teorias estruturaram sedimentos
de pensamentos e ideais
que tão certo desfez o vento
em seus fortes vendavais
Trazendo tempestades de lamentos
que se perdem nos tristes ais,
De teorias, -frágil rudimento
Na inquietude, - nau à procura de um cais...
Fernando Pessoa
Vejo tão claro este silêncio
vaga nuvem de incerteza
na busca de um sentir imenso
se revela obscuro, sem beleza
Como areia da praia
que sempre muda sua rotina
minha existência também me vaia
umedece-me a retina
Entoa o canto agudo
o vento da madrugada
no entanto, me vejo mudo
na alma vazia... Nada!
Meus olhos miram horizontes
nessa situação desesperada
e a esperança jorra por uma fonte
que se perde na beira da estrada
Sobre ópios de ilusão
é minha ânfora que se parte
e me vem esta questão...
esperança, de quê me vale a arte!
Quão breve é a vida
e o que queres de mim?
Apenas vejo a estrada percorrida
e não há rosas no meu jardim...
As vagas teorias estruturaram sedimentos
de pensamentos e ideais
que tão certo desfez o vento
em seus fortes vendavais
Trazendo tempestades de lamentos
que se perdem nos tristes ais,
De teorias, -frágil rudimento
Na inquietude, - nau à procura de um cais...