quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Gravidade permanente

 O sol se vai nesta tarde

saber que a terra fez sua rotação

em um universo infindável

não é minha observação.


Procuro sentir em pensamento,

as vezes desacredito na sucessão dos dias

por parecer tão reais...


A MATERIALIDADE COSMICA


A ciência da música com a devida combinação científica e matemática das vibrações, atuando sobre a matéria−prima da Grande Obra, sobre o Ens Seminis caótico e pré−cósmico, origina sete ordens de mundos com sete estados de materialidade.

As escolas esotéricas ensinam que no mundo há sete planos de consciência cósmica.

Não podemos esquecer também que dentro do nosso mundo, sob a superfície da terra, existem sete regiões atômicas submersas, que são os infernos atômicos da natureza.

A Santa Heptaparaparshinokh (a Lei do Sete) é fundamental em todo o criado.

As vibrações sonoras de sete centros de gravidade deram origem a todos os processos Trogoautoegocráticos (alimentação recíproca de todo o existente). Tais processos vêm por último a dar cristalização a todas as concentrações de mundos.

A música, o verbo, origina as chamadas sucessões dos processos da fusão mútua das vibrações.

Graças a essa lei da mútua alimentação de todo o existente, sob o impulso científico das vibrações sonoras, umas vibrações fluem de outras e as substancias cósmicas de diferente densidade e vivificação unem−se e desunem−se entre elas, formando concentrações grandes e pequenas relativamente independentes, resultando de tudo isso o universo.

A primeira ordem de mundos é de uma materialidade muito espiritual e está no seio d’Aquilo que não tem nome.

 A segunda ordem de mundos tem um tipo maior de materialidade. Na terceira ordem de mundos a materialidade aumenta e assim sucessivamente. Em cada uma das sete ordens há um escalonamento septenário da materialidade.

O mundo e o universo em geral está formado de vibrações e matérias. “Energia é igual à massa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado”. “A massa se transforma em energia, a energia se transforma em massa”.

A matéria acha−se em estado vibrante, a velocidade  vibração está em proporção inversa à densidade da matéria.

Cada átomo da primeira ordem de mundos só contém dentro de si mesmo um átomo do Absoluto e por isso a primeira ordem dos mundos é cem por cento espiritual.

Cada átomo da segunda ordem de mundos contem três átomos do Absoluto e por isso tem algo mais de materialidade, mas ainda é muito espiritual.

Cada átomo da terceira ordem de mundos contém dentro de si mesmo seis átomos do Absoluto, e é claro que a materialidade é ainda maior.

Cada átomo da quarta ordem de mundos contém dentro de si mesmo doze partículas primordiais, isto é, doze átomos do Absoluto e por isso é lógico dizer que a quarta ordem de mundos tem maior materialidade que as três ordens precedentes.

Cada átomo da quinta ordem de mundos tem dentro de si mesmo vinte e quatro átomos do Absoluto e por isso é claro que a materialidade é ainda maior.

Nós, pobres animais intelectuais condenados por desgraça à pena de viver, temos realmente a má sorte de existir neste afastado e obscuro rincão do universo que pertence a uma sexta ordem de mundos.

Cada átomo de nosso mundo de quarenta e oito leis contém, dentro de si mesmo, quarenta e oito átomos do Absoluto.

A materialidade de nosso mundo é horrível e tudo o que se consegue com suprema facilidade nos mundos 6, 12 ou 3, aqui só se consegue sangrando e com sofrimentos indizíveis.

Abaixo de nós está o submundo onde a materialidade é espantosamente horrível.

A primeira região do abismo tem átomos que contêm, cada um dentro de si mesmo, nada menos que 96 leis, noventa e seis partículas primárias, noventa e seis átomos do absoluto.

Na segunda região do reino mineral cada átomo tem cento e noventa e dois átomos do Absoluto e assim sucessivamente.

O reino mineral é pois espantosamente materialista e por isso a vida debaixo da terra é realmente um inferno. Contudo é bom esclarecer que o

inferno tem sua missão, é o crematório cósmico e por isso se torna necessário.

Alguém, cujo nome não menciono, disse: “Inferno vem da palavra latina infernus, região inferior e por isso o inferno é este mundo em que vivemos”.

Esse alguém se equivocou por que esta região celular em que vivemos não é a região inferior.

Vivemos na sexta ordem de mundos governados por quarenta e oito leis e o inferior é o sétimo, de acordo com a Lei do Sete. Já sabemos que o sétimo mundo é o submundo cuja primeira região está governada por 96 leis.

O inferno não é um lugar com chamas, o inferno é o submundo, contudo é lógico dizer que no submundo ardem as chamas das paixões.

Todos os infernos religiosos são unicamente símbolos do submundo. O tempo no reino mineral é tempo das rochas, tempo espantosamente lento e terrivelmente tedioso.

Cada pequeno acontecimento no submundo equivale a oitenta, oitocentos, oito mil e a oitenta mil anos.

Os perdidos da antiga Terra−Lua chamados Lucíferes, Ahrimans ou Anagarikas de turbante vermelho, ainda vivem nesse reino mineral submerso e acham que vão muito bem, que estão progredindo.

Os perdidos sempre acham que vão muito bem e estão cheios de muito boas intenções.